+ LIVE! LUIZ PACHECO et al.: editar em ditadura
11 e 12 de Maio de 2024, Teatro Municipal Joaquim Benite
Espectáculo: 11 e 12 de Maio
Sábado às 21 horas
Domingo às 16 horas
Sala Experimental
Conversas com o Público: 11 de Maio
Sábado às 18 horas
Foyer do TMJB
(e em directo da nossa página no Facebook)
Teatro Municipal Joaquim Benite
Av. Professor Egas Moniz
2804-503 Almada
"Mas que importa se, por uma vez, a pessoa que vos mostra uma cidade, um país
É alguém velho, desdentado, depravado, viciado
O que é que tem se, por uma vez, vêem a outra face?
O que é que tem se, por uma vez, entram numa outra coisa?
Conhecimento desta cidade e deste rio não me falta
Experiência não me falta
Conheço os lugares autênticos, os que houve e os que ainda restam
Os que não existem, posso narrá-los
Sei contar histórias
Por isso vou ser o vosso guia, não há como voltar atrás."
Pablo Fidalgo Lareo
Áudio por Cláudio da Silva:
Luiz Pacheco foi tudo na cultura portuguesa. Um escritor diferenciado, um editor requintado, o melhor leitor e um selvático polemista. Luiz Pacheco foi a consciência da cultura portuguesa e levantou a voz quando escritores oficiais ou panfletários eram a norma. O seu percurso foi o de uma viagem política, estética e até geográfica de um proscrito, de um exilado interno e de um degenerado.
Que significam hoje todas estas palavras no meio cultural?
Pode a cultura actual olhar para uma figura tão complexa e autêntica?
Por que é que temos a sensação de que autores como este aconteciam noutros tempos?
Como vive hoje essa sintaxe? O que podemos ter no nosso corpo dessa voz torcida até ao limite?
Cláudio da Silva será o escritor no seu laboratório, na sua oficina, nas suas peregrinações, na sua busca desesperada por amor e por corpos. Homens e mulheres, jovens e velhos. Diz-se que Pacheco gostou de tudo. Estamos certos de que seguiu uma poética e seguiu um plano em cada passo que deu. Seguiu a sua fome pela vida e pela pele. Seguiu a sua vitalidade extrema e desesperada. A geografia de Pacheco é a de uma Lisboa que se estende. Só deixou Portugal uma vez na vida, mas era um libertino, um comunista e um anarquista. Luiz Pacheco foi a medida da cultura portuguesa durante mais de 50 anos. Despiu-se e disse que não precisa de nada, mas precisava de tudo. E é essa atenção o que o caos lhe oferece. De facto, esta vida e este espectáculo são a história de uma queda, de um corpo que é derrotado pelo tempo e pela escrita.
Este projecto, criado no novo espaço da ZDB Marvila 8, parte de um texto original de Pablo Fidalgo Lareo com criação e apresentação de Cláudio da Silva e assistência de Carolina Dominguez. Profundamente inspirado numa data de iniciativas, de encontros - uma residência nos Palettentheater Kollektiv com uma oficina de escrita para teatro em volta de um tacho pelo meio, uma conversa pública na Livraria Snob, em Lisboa, pessoas várias que aceitaram participar e jogar: D. Angelina, Rita Ferreira, Luís Gabriel, Rodrigo Francisco, Teresa Gafeira, Rui Sousa, João Pedro George, Rosa Azevedo - surge, assim, MORTO O CÃO, ACABOU-SE A FÚRIA. A Vida de Luiz Pacheco.
Pablo Fidalgo Lareo, Cláudio da Silva e Carolina Dominguez
Ficha técnica
Ideia original e texto: Pablo Fidalgo Lareo
Co-criação: Pablo Fidalgo Lareo, Cláudio da Silva e Carolina Dominguez
Apresentação: Cláudio da Silva
Direção técnica: Bruno Santos
Produção: Carolina Dominguez, Cláudio da Silva, Pablo Fidalgo Lareo e Miriam Vale
Entidades Parceiras
Editora e Livraria Snob
Palettentheater Kollektiv
ZDB, Galeria Zé dos Bois
Teatro do Bairro
Teatro Municipal Joaquim Benite
Co-financiado por República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes
Bilheteira
21 2739360
ou
Carolina Dominguez
91 4320274
Mais informação:
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